sábado, 3 de novembro de 2012

Potencialidade Arqueológica do Alto sertão Alagoano - nas cidades de Delmiro Gouveia e Olho D’água do Casado: perspectivas turísticas e preservacionistas.






Jefferson Félix dos Santos – UFAL Campus do Sertão*.
Amanda Roberta Gonçalves Gomes – UFAL Campus do Sertão*.









Resumo
O conhecimento acerca dos sítios arqueológicos do Alto Sertão alagoano se restringe principalmente a esfera acadêmica, deixando grande parte da comunidade local, que entra em contato diariamente com esses sítios em total desconhecimento. A presente pesquisa busca realizar a caracterização dos sítios arqueológicos localizados nas cidades de Delmiro Gouveia e Olho D’água do Casado – Alagoas, demonstrando sua importância através de divulgações com a realização de palestras e oficinas nas redes de ensino municipal e estadual, incentivando assim a preservação do patrimônio arqueológico, revelando suas belezas, bem como as riquezas produzidas pelos grupos pretéritos que ocuparam a região. Este trabalho visa também identificar o porquê de não haver uma divulgação mais ampla deste patrimônio, tornando-o conhecido e acessível não só para a população local, mas também como instrumento de auxilio no incentivo ao turismo. Desta forma, é possível observar um grande descaso por parte da comunidade e dos administradores municipais e estaduais, devido principalmente, mas não exclusivamente, à falta de conhecimento no que se refere à importância desse patrimônio, que vale salientar, não é renovável. Portanto, fica explícita a necessidade de tornar o patrimônio arqueológico dessa região, através da educação patrimonial, parte da identidade da população local.





Palavras-chave: Arqueologia, Sertão alagoano, Preservação, Educação Patrimonial.














O presente trabalho tem por objetivo realizar a caracterização arqueológica em duas cidades do Alto Sertão Alagoano, Delmiro Gouveia e Olho D’água do Casado, e perceber como se dá o “uso” desse patrimônio pela população local em termos preservacionistas e turísticos. Ao ser iniciada esta pesquisa, buscou-se, a princípio, definir as bases conceituais do termo patrimônio e seu impacto social.
            O conceito de patrimônio numa sociedade capitalista geralmente se remete a bens materiais atrelados a fatores econômicos. Ao se tentar definir o que é patrimônio, observa-se a íntima relação entre este e os bens culturais de um modo geral. Essa vinculação durante muito tempo se deu pela expressão de erudição que ambas transmitem. Pelegrini e Funari (2008) relembra-nos que esse conceito já fora utilizado como sinônimo de erudição, então os conhecimentos populares não fazem parte da cultura? Até o século dezenove não! Com a difusão dos conhecimentos populares, os eruditos buscaram novos significados para definir o conceito de patrimônio cultural sem perder seu sentido nobre,
Os ingleses, para não empobrecer a palavra culture, recorreram ao termo lore para criar o folklore: literalmente, os costumes das pessoas (este é o sentido de folk, em inglês, uma palavra bem pedestre e um pouco depreciativa). Já os alemães preferiram manter a palavra cultura e diferenciar a “Alta” da “Baixa” cultura: aquela erudita e resultado do estudo, esta analfabeta e quotidiana. (PELEGRINI & FUNARI, 2008, p.15).
Hoje compreende-se o conceito de cultura como um conjunto de valores e conhecimento transmitidos através das interações sociais, e que estas podem estar nos comportamentos dos indivíduos. Cristoph Brumann abrange bem em sua definição,
A cultura é o conjunto de padrões adquiridos socialmente a partir dos quais as pessoas pensam, sentem e fazem. Uma cultura não requer proximidade física ou um tipo específico de sociabilidade direta (Gemeinschaft), apenas interação social, mesmo que mediada por meios de comunicação que seja casual. Mesmo ver, ouvir ou ler uns aos outros pode ser suficiente (1999 p. S23, apud PELEGRINI & FUNARI, 2008, p. 18).
Essa discussão merece uma atenção mais particularizada, porém a intenção aqui não é de defini-la minuciosamente, mas esclarecer de forma superficial a sua significação para relacionar com o que hoje se tem por entendimento o conceito de patrimônio. O que antes era entendido como grandes monumentos, construções arquitetônica edificadas pelo homem, hoje se entende patrimônio como todo instrumento que nos traz a memória sensações e nos torna parte de algo. Vitor Oliveira Jorge (2007, p.20) vai afirmar que patrimônio pode ser definido como as “identidade(s) da(s) pessoa(s), do(s) grupo(s), da(s) região(ões), da(s) nação(ões)”. Desta forma, pode-se compreender que patrimônio é, antes de tudo, identidade de uma sociedade, o que lhe dá a essência do hoje, provida pelas expressões do ontem e que provoca profundas reflexões do amanhã, podendo estes nos alegar uma noção de artes, monumentos, coisas grandes, belas, como também gastronomia, paisagens, ou seja, tudo que sempre nos transporta para o passado, que nos traz a tona lembranças, memória antigas de situações que pode ter se dado no âmbito particular, como também no âmbito social. Oliveira Jorge vai mais afundo nessa concepção, afirmando que,
Patrimônio implica uma inextricável articulação de herança e construção. Herança, porque subjacente à ideia se encontra a vontade de conservar (“congelar” o tempo), valorizar e transmitir certos bens; construção, porque tais valores são indissociáveis do nosso olhar contemporâneo sobre eles, são uma criação nossa, na medida em que os reconhecemos como valores patrimoniais (2007, p.125).        
Preservar o patrimônio é preservar a cultura e consequentemente a identidade local. É nesse sentido, de preservação patrimonial que se faz necessário à abrangência desses conceitos no que se refere ao conhecimento, divulgação e preservação dos patrimônios arqueológicos localizados nas cidades de Delmiro Gouveia e Olho D’água do Casado – AL, demonstrando sua importância como parte da identidade local, e como potencial turístico. Nesse sentido, a arqueologia preventiva vem desenvolvendo um importante papel, e gira em torno de princípios básicos que regulamentam o planejamento e a práxis da arqueologia no licenciamento ambiental de obras potencialmente lesivas ao meio ambiente. Além de buscar alternativas para a preservação dos sítios arqueológicos, pré-históricos e históricos, além das terras tradicionalmente ocupadas por indígenas, como também as cavidades naturais subterrâneas que interessam aos aspectos culturais, abrangendo nossa visão que tem sido estreitada pelas políticas públicas de nossos governantes. O conhecimento dos mesmos se restringe principalmente a esfera acadêmica, deixando grande parte da comunidade local, a qual entra em contato diariamente com esses sítios em total desconhecimento. Essa falta de conhecimento prevalecendo na quase totalidade da população local é um dos maiores obstáculos para um entendimento do seu valor, no qual, sem perceber, contribui para o seu corrompimento. Hoje sabemos da existência de 19 sítios arqueológicos em Delmiro Gouveia e 6 sítios em Olho D’água do Casado. A quantidade de sítios arqueológicos acima apresentados muito provavelmente encontra-se desatualizado e um número maior, deverá, possivelmente, ser exposto ao final desta pesquisa, tendo em vista que o foco desse trabalho também se dará no sentido de sistematizar o conhecimento acerca dos sítios oficialmente existentes, além de buscar identificar novos sítios na região.  Assim, os sítios caracterizados e já identificados por outros pesquisadores são os seguites:

Delmiro Gouveia – AL.
                                            I.            Sítio Lamarão, localizado na fazenda lamarão, na confluência do rio São Francisco com o riacho Lamarão.
                                         II.             Sítio Mirador I, localizado na fazenda Castanho, na confluência do rio São Francisco com o riacho Mirador.
                                       III.            Sítio Mirador II, localizado na fazendo Castanho, na confluência do rio São Francisco com o riacho Mirador.
                                      IV.            Sítio São Francisco I, localizado na fazenda São José, na confluência do rio São Francisco com o riacho do Talhado.
                                         V.            Sítio São Francisco II, localizado na fazenda São José, na confluência do rio São Francisco com o riacho do Talhado.
                                      VI.            Sítio Xingó, localizado na fazenda Castanho, na confluência do rio São Francisco com o riacho sem nome.
                                    VII.            Sítio São José I, localizado na fazenda São José, na confluência do rio São Francisco com o riacho do Talhado.
                                 VIII.            Sítio São José II, localizado na fazenda São José, na confluência do rio São Francisco com o riacho do Talhado.

Datação C14
Laboratório
Material datado
3500 ± 110 BP
(BETA 86739)
Carvão – decapagem 18
4140 ± 90 BP
(BETA 86740)
Carvão – decapagem 19
Fonte: Luna (2001).

                                      IX.            Sítio Castanho, localizado em um abrigo arenito medindo 16m de largura x 3m de altura x 4,50m de profundidade, na margem direita do riacho Castanho, afluente do rio São Francisco.
                                         X.            Sítio Brejo, localizado em um nicho de arenito medindo 22m de largura x 4m de altura e 3m de profundidade, na margem esquerda do riacho Brejo, afluente do rio São Francisco.
                                      XI.            Sítio Maribondo é um abrigo de arenito medindo 18 m de largura x 5 metros de altura, na margem direita do riacho Tanquinho.
                                    XII.            Sítio Caibeira do Talhado, localizado em um abrigo de arenito medindo 9m de largura com 2m de altura e 1,50 m de profundidade, localizado na margem esquerda do riacho do Talhado.
                                 XIII.            Sítio do Talhado I, localizado em uma parede de arenito abaixo da ponte da linha férrea, (desativada), que ligava Piranhas - AL a Petrolândia – PE, a margem esquerda do riacho do talhado.
                                 XIV.            Sítio do Talhado II, localizado em um abrigo de arenito medindo 4,5m de comprimento, 4 m de altura 3 m de profundidade, na margem direita do riacho do Talhado.
                                   XV.            Sítio do Talhado III, localizado está localizado em um abrigo de arenito medindo 15,50 m de largura x 6,50 de profundidade e 2m de altura, localizado a margem do riacho do Talhado onde o mesmo deságua no rio São Francisco, sendo de fácil acesso.
                                 XVI.            Sítio Curva do Talhado, localizado em um abrigo de arenito medindo 5,20 m de altura da base x 20 m de largura x 4m de altura x 4 m de profundidade, localizado a margem direita do riacho do talhado afluente do rio São Francisco.
                              XVII.            Sítio Encontro do Talhado, localizado em um nicho de arenito a margem esquerda do córrego afluente do rio São Francisco, medindo 2,85 m de altura x 90 cm profundidade.
                            XVIII.            Sítio Sal, localizado em um bloco de arenito medindo 7,50m de largura x 3m altura, a margem esquerda do riacho do Talhado.

Características dos sítios em questão.


Material associado


Sítios
Coord.
UTM
Tipo
Mat. Lítico
Ossos
Frag. de cerâmica
Outras Características.
I
616630 E
8945400 N
Céu aberto
5 peças
0
52
Manchas escuras
II
619800 E
8945120 N
Céu aberto
13 peças
0
0
Manchas escuras avermelhadas
III
617840 E
8944900 N
Céu aberto
4 peças
0
0
3,35 kg sedimentos, manchas escuras avermelhada
IV
621600 E
8945640 N
Céu aberto
6 peças
0
7
3,80 kg de sedimentos
V
622000 E
8945940 N
Céu aberto
32 peças
0
56
35 kg de carvão, e 19,15 kg de sedimentos
VI
618400 E
8944680 N
Céu aberto
18 peças
0
0
372g de carvão, 6 fogueiras com 1089 blocos e 15,49kg de sedimentos
VII
621000 E
8945600 N
Céu aberto
117 peças
180g de fauna/ossos
386
227g de carvão, 14,65 de sedimentos
VIII
620700 E
8945440N
Céu aberto
115 peças
18 fauna/ossos, 209 ossos, 4 dentes e 28 esqueletos
183
809g de carvão, 97,25 kg de sedimentos
IX
617840 E
8947960 N
Abrigo
0
0
0
96 grafismos monocrômicos, (vermelho)
X
619100 E
8948000 N
Nicho de arenito
0
0
0
76 grafismos, (pinturas), em vermelho
XI
622120 E
8917680 N
Abrigo
0
0
0
282 grafismos sendo 81 pinturas e 201 gravuras
XII
621400 E
8951200 N
Abrigo
0
0
0
30 grafismos, (pinturas), vermelhas
XIII
621160 E
8953440 N
Céu aberto
0
0
0
47 grafismoscon
XIV
620640 E
8946400 N
Abrigo
0
0
0
155 grafismos, sendo 137 pinturas e 18 gravuras
XV
621680 E
8946400 N
Abrigo
0
0
0
138 gravuras e 2 pinturas em vermelho
XVI
620910 E
8951845 N
Abrigo
0
0
0
96 pinturas em vermelho e variações
XVII
620600 E
8954000 N
Nicho de arenito
0
0
0
2 pinturas geométricas monocromáticas vermelhas
XVIII
621160 E
8953440 N
Bloco de arenito
0
0
0
1 figura circular e pequenos conjuntos de cupiles


Olho d Água do Casado – AL
                                            I.            Sítio Cancamunhé, localizado na fazenda Capelinha na confluência do rio São Francisco com o riacho Cancamoem
                                         II.            Sítio Fazenda Velha I, localizado na fazenda Vera Cruz na margem esquerda do riacho Uruçu, nas proximidades do rio São Francisco
                                       III.            Sítio Fazenda Velha II, localizado na fazenda Capelinha na margem direita do riacho Uruçu, nas proximidades do rio São Francisco
                                      IV.            Sítio Tanque, localizado na fazenda de Vera Cruz as margens do riacho Baixa Grande, nas proximidades do rio São Francisco
                                         V.            Sítio Riacho, localizado em um nicho de arenito as margens do riacho das Águas Mortas, onde foi construída uma pequena represa dificultando seu acesso, medindo 6m de altura x 1m de profundidade
Característica dos sítios em questão


Material Associado

Sítios
Coord UTM
Tipo
Mat Lítico
Ossos
Frag. Cerâmico
Outras Características
I
625120 E
8942600 N
Céu aberto
9 vestígios
0
0
Manchas escuras e avermelhadas
II
626920 E
8941800 N
Céu aberto
7 peças
25 fauna/ossos
92
1 fogueira com 9 blocos, 2,40 kg de sedimentos
III
626720 E
8941730 N
Céu aberto
0
0
0
1 fogueira com 26 blocos e material cerâmico
IV
628000 E
8935447 N
Céu aberto
11 peças
7 faunas/ossos
178
5 fogueiras com 651 blocos, 239kg de carvão e26,95kg de sedimentos
V
622900 E
897100 N
Nicho de arenito
0
0
0
4 gravuras rupestres

A não propagação consciente da existência desses sítios, bem como das suas localizações torna-se um grande desafio para os turistas e para a própria população local, que por ouvirem através de outras pessoas sobre a existência destes, procuram conhecê-los, porém de forma desordenada gerando assim grandes riscos a depredação desse patrimônio. Estudos elaborados pelo Circuito Arqueológico do Alto Sertão Alagoano: Diagnóstico da oferta turística, nas cidades de Delmiro Gouveia, Olho D’água do Casado e Piranhas em 2008, coordenado pelo arqueólogo Dr Paulo Eduardo Zanetini, revelou a precariedade da fomentação turística predominante nestes municípios. Em seus dados, a falta de estrutura mínima para a preservação dos sítios e para a viabilização dos meios de transporte foi exaustivamente, mas não excessivamente, relatados em seu diagnóstico, (figuras 3, 4, 5 e 6). O não incentivo dos órgãos municipais e estaduais torna-se preponderante neste descaso total com o patrimônio arqueológico e com a herança deixadas para as gerações futuras. Soares define bem o que esses descasos com o patrimônio arqueológico significam:
Os bens arqueológicos constituem o legado das gerações passadas às gerações futuras e destruí-los significa subtrair a herança a seus legítimos herdeiros, razão pela qual atualmente a Constituição Federal protege os bens de natureza material e imaterial constitutivos do patrimônio cultural brasileiro, dentre os quais, os sítios de valor arqueológico (2007, p 66).
Assim, visando minimizar os efeitos da desvalorização do patrimônio arqueológico, Bastos (2007: 58) irá expor o Plano de Desenvolvimento Turístico Arqueológico do Piauí (2000), afirmando serem propostas bastante oportunas aos que almejam desenvolver o turismo arqueológico.
1.      Preparação dos sítios arqueológicos, com as indispensáveis ações de conservação;
2.      Implantação de estruturas para recepção dos visitantes;
3.      Construção e reparação de vias de acesso com o saneamento das suas margens na maioria das vezes utilizadas indevidamente;
4.      Implantação de serviços de saneamento básico, de assistência médica e de comunicação, onde se fizerem necessários;
5.      Preparação de recursos humanos para monitoramento dos sítios e atendimento ao público visitante;
6.      Ações de educação patrimonial, visando chamar a atenção para a importância dos sítios arqueológicos, campanhas educativas, seminários, palestras, ação ordenada de divulgação;
7.      Estudos arqueológicos, projetos arquitetônico com especificações para cada sítio;
8.      Ações de mobilização destinadas a atingir as instituições, organizações não-governamentais e a sociedade em geral para uma parceria, através de acordos, convênios, termos de cooperação, comodatos dentre outras formas de cooperação;
9.      Ordenação legal das parcerias, envolvendo direitos e obrigações, que se possível devem ser contempladas nas legislações estaduais.

A educação patrimonial se faz necessário para a integração da comunidade nos trabalhos desenvolvidos nos sítios arqueológicos, e nas pesquisas realizadas, isso só se dará se estes tiverem uma intervenção da educação durante todo o processo. A educação patrimonial obterá caráter de um instrumento de “alfabetização cultural”, este instrumento pode ser entendido como uma “Pedagogia que propõe a descolonização da memória e do imaginário do ser humano através do diálogo cultural com outros, por meio de processo de sensibilização, autoleitura, autoconscientização e transformação coletiva” (BARON, 2004, p419). Porém esse processo de interação só será possível se as instituições de ensino, bem como, a comunidade e a administração local almejarem esse diálogo e interação.

Considerações finais

As evidências arqueológicas existentes em todo território brasileiro, neste caso específico nos municípios de Delmiro Gouveia e Olho D’água do Casado, no estado de Alagoas confirmam a intensa ocupação desta região na pré-história por povos indígenas. A desvalorização desse patrimônio por parte da sociedade contemporânea está diretamente atrelada ao modelo de colonização que nos foi imposto, onde as referências de desenvolvimento e de povos melhores sucedidos estão vinculados aos colonizadores, fato este alimentado até os dias atuais.
A busca pelo conhecimento e valorização do patrimônio arqueológico, principalmente o pré-histórico, se faz de extrema importância para a sociedade contemporânea que estes detêm, pois só assim será possível construir uma relação indenitária e consequentemente preservacionista, pois nenhum povo preserva o que não conhece e o que não lhe proporciona uma relação de identidade.





* Graduandos do curso de Licenciatura em História, pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL Campus do Sertão. E-mail: jeffersonsantos.gf@gmail.com.